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HUBBLE

Nesta série o ponto de partida é a apropriação de imagens do cosmos (nebulosas, galáxias, etc.), captadas pelo telescópio de mesmo nome. Elas são trabalhadas em computador onde primeiramente são transformadas em imagens em preto e branco, eliminando as cores arbitrárias atribuídas pelos físicos para outras funções. Na sequência, em parte dos trabalhos é feita uma inversão onde o preto torna-se branco e vice-versa, distanciando as imagens da aparência habitual do cosmos. O ponto luminoso de uma estrela transforma-se em ponto escuro, gráfico, sobre um fundo claro, favorecendo uma conexão com o desenho, a gravura e o próprio trabalho em pintura de Veiga. Eventualmente o artista opta por não fazer esta inversão e nesse caso a manipulação seguinte é mais radical, também para que se mantenha uma distância visual do espaço sideral que observamos. Depois, algumas dessas imagens resultantes ou partes delas, são reunidas e trabalhadas em programa de edição, através de recortes e distorções que seguem funções matemáticas, para que seja criado um espaço fictício, poético, com novas e inventadas relações entre porções diferentes do nosso cosmos. Outros universos feitos a partir do nosso próprio, ou melhor dizendo, feitos a partir de índices, representações científicas dele, as imagens do Hubble.






︎︎︎  Bravo! - Ateliê do artista

Manoel Veiga estudou Engenharia Eletrônica na Universidade Federal de Pernambuco onde foi bolsista do Depto. de Física. Essa experiência permanece em sua produção artística na apropriação de fenômenos da natureza (como a difusão e a gravidade) observada em sua pintura e nas intervenções que realiza em obras de Caravaggio, para refletir sobre "a representação do espaço natural na pintura". O artista recebeu a Bravo! em seu ateliê (novembro de 2018) para falar de suas pinturas e das séries Hubble e Matéria escura.
Direção de Henk Nieman. Duração de 5 minutos.













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